Acordamos bem cedo e
fomos tomar café. O Sr. Eurico nos deu um mapa e falou sobre os
principais atrativos da região.
Como ainda não
havíamos resolvido o problema do extravio do cartão de
crédito/saque no Uruguai (ver post sobre Águas Dulces/Montevidéu),
fomos à agência Itaú (Av. Borges de Medeiros). Uma simples
solicitação no caixa e pronto: consegui meu cartão provisório.
Que alívio... nesse momento agradeci a Deus por já estar no
Brasil... como adoro meu país!!!
Como em Gramado paga-se
até o ar que se respira, para deixar o carro estacionado em ruas
centrais deve-se pagar a Zona Azul. Há parquímetros instalados
estrategicamente mas que só aceitam moedas: R$ 0,95 por 40 minutos –
detalhe, inserindo uma moeda de R$ 1,00, a máquina não te devolve
R$ 0,05. O limite é de 4h estacionado no mesmo lugar. Há fiscais da
Zona Azul que vendem o ticket aceitando dinheiro de papel... e que
fiscalizam os carros que não estão com o ticket.
Centro de Gramado - às 10h30 |
Após o banco, passamos
no mercado e iniciamos um passeio rumo à Canela... pretendíamos
visitar o Parque da Ferradura, o Parque do Caracol e o Mundo à Vapor
(muito embora haja inúmeros atrativos nesse caminho, como o museu do
carro). O trajeto é pela RS-235, rumo a Canela (7km) e, após, pela
Estrada do Caracol. Muito bem sinalizado.
Igreja no caminho para o Parque da Ferradura |
Fomos até o Parque da
Ferradura, com um trecho de estrada de solo natural mas em boas
condições. Para entrar no Parque (que é uma área particular),
paga-se R$ 8,00, apenas para acessar um mirante e ver alguns quatis
soltos no caminho. O visual é bonito (um grande vale e um rio que
contorna uma grande porção de mata em forma de ferradura). A
infra-estrutura local deixa a desejar (pela mesma infra-estrutura,
paga-se R$ 2,00 ou 3,00 em outras cidades, como Urubici-SC). Mas, uma
decepção ainda maior estava por vir...
Quatis!!! Muitos! Eles sabem se virar, não os alimente! |
Rio que dá nome ao parque |
Saindo do Parque da
Ferradura, fomos ao Parque do Caracol: uma área pública, muito
grande, com uma cachoeira, áreas verdes e muito comércio. Pagamos
R$ 12,00 a entrada, fomos ao mirante da cachoeira (um visual
razoável) e, de lá, a um observatório. Esse atrativo é como se
fosse uma torre alta com uma área envidraçada na superfície, para
contemplar o verde do parque. Porém, ficamos surpresos e muito
revoltados quando descobrimos que, para subir ao observatório, o
valor é de mais R$ 9,00. Isso mesmo, você paga para entrar no
parque e paga para ir a um atrativo do parque. Claro que não subimos
e saímos de lá cuspindo fogo... enquanto você paga R$ 2,00, 3,00,
até 5,00 para entrar em parques, museus, teatros e outros fora do
Brasil, ou mesmo em alguns lugares daqui, em Gramado/Canela exploram
o turista descaradamente, privatizando a natureza e comercializando
tudo o que podem... a vista é bonita, mas R$ 21,00 para um parque como aquele é perder
dinheiro e tempo!!! Para se ter uma ideia da vergonha que é a exploração, cobram até de crianças de "0" a 6 anos (sim, cobram de recém-nascidos). Detalhe: o preço aumenta mais ainda no final do ano - o Prefeito de Canela acha que o parque é hotel, cobra diferenciado em alta temporada.
Cachoeira do Caracol |
Ainda muito bravos, no
caminho de volta, ainda na Estrada do Caracol, há o Castelinho do
Caracol, uma casa construída por alemães (Família Franzen) e que
conserva intacto seu mobiliário e suas características. Além
disso, nesse local, é vendido um dos melhores apfelstrudels do
Brasil, acompanhado por um chá de maçã feito no fogão à lenha.
Mas, houve mais uma decepção: para entrar na casa, paga-se R$ 8,00,
pois o local agora é um museu. E não há como acessar a lanchonete
sem entrar no museu. Resultado: pedimos o apfelstrudel na porta do museu e
comemos no carro. Entrar na casa não sei se vale a pena, mas o
strudel é realmente divino.
Saindo de lá,
fotografamos a frente do “Mundo à Vapor”, onde há uma
locomotiva à vapor embicada para o chão, retratando um acidente de
trem ocorrido na Estação de Montparnasse, na França, em 1895. Não
entramos, mas há um custo de R$ 15,00 por pessoa.
À noite, fomos saborear
uma sequência de Fondue no Carlitos (Av. das Hortênsias)... R$ 44,00 por pessoa, mas,
pagando em espécie, sai por R$ 34,00. Fondue de queijo, carnes e
chocolate. Muito bem servido.
Retornamos ao hotel, tomamos banho novamente, pois estávamos fedendo a fritura e
descansamos.
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